O que significa e qual o sentido?
O ensino tradicional da ética como moral produz conforto, resignação com a forma de ser, passividade relativa ao engessamento da vida decorrente das regras institucionais, da normatização cultural ou das imposições do sistema econômico-social.
A institucionalização desse tipo de ensino como um modelo já previamente estruturado, pronto, completo desaguou no saber proclamado autoritariamente do alto da cátedra (latim, cathedra), implicando em lugar (cadeira) de privilégio ou hierarquia do professor. A formação ética contemporânea não se justifica mais no molde dessa tradição moral.
A Bioética e Cidadania da Faculdade de Medicina da UFC, como ética-da-vida ou aionética, rejeita todo tipo de saber-poder arbitrário que enclausura a potência da forma-de-vida do(a) estudante no ensino; por isso, recusa a designação de “cadeira” e acolhe o termo afetivo, carinhosamente inventado para designá-la: “tamborete”. Trata-se de uma metáfora, um signo do saber produzido na relação entre vida e ética.